Uma nova página na vida

Aprender não é difícil. Aprender com amor, menos difícil ainda. Complicado mesmo é manter o aprendizado vivo. Aprendemos mais quando a razão do aprendizado é fato notadamente importante para nossa vida e seu custo não é relativamente baixo. Quando o conhecimento nos vem gratuitamente, pouco ou quase nada, aprendemos. E olha que o aprendizado nos bate à porta todos os dias e nem sempre estamos atentos e no firme propósito de deixá-lo entrar. Na maioria das vezes relutamos em barrá-lo e atravancamos ainda mais a porta que deveria ter sido aberta. Quando conseguirmos mudar esse quadro nosso mundo se torna outro e bem melhor que o anterior. É isso que precisamos fazer de agora em diante. Que este ano que se inicia seja um marco para nossas mudanças. Não esqueçamos que as barreiras do aprendizado nos impõem quedas vertiginosas e que poucas são as vezes que nos propomos manter aprendido o que nos foi agregado. Nossas vitórias conseguidas sobre nós mesmos são extremamente importantes. Aprendemos que para enxergar o mundo da forma como ele merece é preciso que comecemos a partir de qualquer uma das quedas, sejam elas no campo pessoal ou no campo profissional. Que seja na primeira de qualquer uma delas. Vamos abandonar de vez qualquer tipo de arrogância ou impetuosidade que nos incomoda todos os dias. Toda queda será sempre uma oportunidade de reflexão, um espaço livre para que a coragem e a dignidade possam fluir a nosso favor. Nossos tropeços não nos atormentam sozinhos, sempre trazem junto uma oportunidade para sermos melhores. Desmascaram nossas teimosias e nossos erros estampados em reflexos nos espelhos ocultos que nos acompanham. A cada queda, uma mudança. Uma redução da insegurança que imaginamos ter de rivais ou desafetos e que na verdade podem não existir de fato. Vamos enxergar a partir de agora, velas acesas e não mais pontos obscuros à nossa frente. Esses pontos nada mais são que reflexos de escuridão criados dentro da própria alma. Criemos todos os dias uma nova oportunidade de recomeço. Aprendamos de uma vez por toda que de nada nos servirá a luz se não pudermos iluminar o caminho dos outros. De nada servirá o saber se não compartilhamos o conhecimento com os demais. Para multiplicar o pão é preciso saber dividi-lo e que a melhor riqueza da criatura humana será eternamente o direito de poder chamar alguém de amigo. Se cairmos de novo, levantaremos de novo. Toda queda será eternamente uma experiência para o futuro. É preciso que tenhamos uma vontade imensa de poder agarrar o futuro, tanto inquietante quanto a cada uma das novas páginas de nossas vidas.